HOME OFFICE: TENDÊNCIA OU REALIDADE?

Por Tiago Carvalho – especialista em empreendedorismo FSB Finance

A Pandemia do Novo Coronavírus trouxe diversas preocupações à nossa sociedade e uma delas e não menos importante foi: Como adaptar nossa rotina profissional ao novo modelo de trabalho em casa, ou seja, como se acostumar com o Home Office?

O termo Home Office, traduzido para o português, quer dizer “Escritório em Casa” e essa definição nos remete à necessidade de “construir” esse ambiente dentro de nossas casas, com móveis, recursos e uma rotina adequada para o ambiente de trabalho. 

Muitos profissionais e empresas precisaram se ajustar a esse novo modelo de trabalho, tendo em vista a necessidade de fechamento das cidades e a restrição da circulação das pessoas, através da medida denominada lockdown.

Sendo assim, de um dia para o outro, as empresas remanejaram suas equipes e seu modo de atuação para a residência de seus trabalhadores e fez-se necessário criar condições favoráveis para a continuidade das atividades profissionais, através de interação remota (à distância) e colaborativas entre as equipes, controle de acesso aos sistemas e documentos da empresa e preocupação (de muitas delas) com a ergonomia e qualidade de vida do trabalhador, permitindo que todos pudessem executar a contento e com eficiência as ações anteriormente exercidas no ambiente empresarial. 

Por outro lado, os profissionais precisaram ajustar suas rotinas, agora divididas entre atividades de trabalho e familiares. Isso quer dizer: criar um ambiente físico favorável com espaço dedicado para execução das tarefas (recursos tecnológicos, mobiliário e condições de iluminação e som que não interferissem nas atividades), e também criando uma dinâmica de trabalho com horários bem determinados para início e término do expediente, momentos de descanso, hidratação e alimentação, que conciliassem as tarefas profissionais às domésticas já que os filhos também ficaram impedidos de frequentar as atividades escolares, esportivas e de lazer.

4 Pilares
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Isso quer dizer que de uma hora para a outra, novas competências profissionais foram necessárias para que as empresas e os empregos fossem resguardados. 

Com a flexibilização das cidades e com as reaberturas gradativas da economia, e já com histórico de sucesso dos profissionais na atuação em Home Office, muitas empresas decidiram por extinguir permanentemente  seus escritórios físicos e viram na possibilidade de investir no trabalho remoto como uma alternativa de economia significativa de custos (aluguel, despesas com manutenção, água, energia, patrimônio e mobiliário entre outras), tendo em vista que as equipes passaram a interagir mais efetivamente via sistemas de reuniões e encontros virtuais e também economia de tempo, já que nas grandes cidades, o trânsito passou a ser evitado por quem atua em casa. 

Viram ainda que valeria mais, investir em despesas com as equipes em casa (fornecimento de equipamentos, valores para custear internet e até despesas com mobiliário) do que manter estruturas físicas robustas.

Outras empresas, que não conseguiram flexibilizar 100% de suas atividades, passaram a adotar o regime híbrido – alguns dias em casa e outros dias na empresa – e essas também tiveram seus custos reduzidos de forma expressiva e viram sua eficiência aumentar. 

Segundo pesquisa sobre as percepções dos modelos de trabalho durante a Pandemia, realizada pela IDC Brasil, a pedido do Google Workspace, foram entrevistados 897 funcionários de grandes empresas brasileiras em diversos setores e tamanhos que apontaram alguns destaques:

  • O formato híbrido passou a ser amplamente discutido e a ganhar cada vez mais força e adesão de profissionais e empresas no Brasil (Valorizam sobretudo: Economia de tempo com transporte, segurança quanto ao contágio da COVID-19 e rotina participativa).
  • Como desvantagem mais significativa apontada foi a falta de interação social presencial (descontração entre colegas – cafezinho; ambiente ainda não adaptado em casa).
  • Dentre os profissionais cujas empresas já definiram um formato de trabalho pós-pandemia, 43% relatam que o formato escolhido foi o híbrido e veem o formato com entusiasmo (51%) e confiança (47%).
  • Entre os jovens, esse modelo é ainda mais valorizado para o pós-pandemia: 76% entre 18 a 21 anos, 54% entre 22-37 anos e 60% na faixa de 38+ anos.

Não somente aqueles profissionais vinculados às empresas, viram no trabalho em Home Office, uma boa alternativa. Consultores, profissionais de tecnologia, advogados entre outros, ou seja, profissionais liberais, prestadores de serviços também optaram por esse novo e eficiente formato. 

 Por fim, ficam aqui algumas questões para reflexão: 

1) Home office ainda é uma tendência nas empresas modernas ou já é uma realidade no dia a dia do profissional?

 2) Como as empresas e os profissionais podem criar ambientes favoráveis para a qualidade do trabalho e para a eficiência das atividades desenvolvidas?

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